A locomotiva Baroneza foi o primeiro trem a vapor (a popular Maria Fumaça) a transportar passageiros no Brasil.
De fabricação britânica, sua construção se deu em 1852 na cidade de Manchester, dois anos antes de fazer sua estreia em território brasileiro.
Com 7,5 metros de comprimento e pesando cerca de 17 toneladas, a Baroneza possuía 2,5 metros de largura e 3,4 metros de altura, composta por duas rodas-guia e duas rodas motrizes medindo, respectivamente, 1,29 m e 1,5 m, além de duas rodas cortantes. Tinha cilindros de 0,279 milímetros de diâmetro e curso de 381 milímetros, duas chaminés, dois estribos e um farol.
Foi construída para bitolas de 1,68 m, depois sendo alterada para se adequar a bitolas de 1,60 metros.
Atualmente em desuso, é um dos mais antigos modelos de máquina a vapor.
Hoje só existem dois exemplares da Baroneza em todo mundo, um no Brasil e outro na Inglaterra. O exemplar brasileiro se encontra no Museu do Trem, no Bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, sendo mantida pela Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). A locomotiva é um monumento cultural, tendo sido a única assim constituída pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A “dama de ferro” Baroneza foi importada pelo empresário, banqueiro e industrial brasileiro Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Barão de Mauá. O nome Baroneza, inclusive, foi em homenagem à sua esposa, Maria Joaquina Machado de Souza.
Sua primeira viagem se deu em 30 de abril de 1854, realizando um percurso de 14,5 km que ligava o Porto de Mauá a Fragoso na cidade de Magé. Posteriormente, a estrada de ferro foi estendida, e a locomotiva alcançou a Raiz da Serra; e, anos depois, a cidade de Petrópolis. Todo o trajeto no estado do Rio de Janeiro.
A Baroneza inaugurou, então, a primeira estrada de ferro do Brasil, batizada de Estrada de Ferro Mauá, e a primeira estação de trem do país: Guia de Pacobaíba, no Porto de Mauá, em Magé.
Interessante saber também que, em torno disso, surgiu também o primeiro transporte intermodal brasileiro, que fazia a conexão entre o transporte marítimo e o ferroviário. Havia uma ponte de ferro que fazia a ligação marítima da Bahia de Guanabara a Guia de Pacobaíba, pois os barcos à vela ficavam à deriva por causa do vento e não conseguiam desembarcar cargas ou passageiros. Assim, o Barão de Mauá fez as primeiras embarcações a vapor para o transporte até o cais. Esse trecho continha 150 metros, e era usado, inicialmente, apenas para o transporte de materiais para ferrovia; em seguida vieram os passageiros.
O passeio inaugural da locomotiva Baroneza levou cerca de meia hora do cais do Porto de Mauá à cidade de Petrópolis, tempo que antes era feito em 2 horas. Foi feito com quatro vagões apenas sobre os trilhos, e é dito que percorreu o trecho de ferro a incríveis 26 km/h – algo surpreendente considerando os meios de transporte da época e que a era das locomotivas estava no início.
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